Era uma vez um país de faz-de-conta chamado....Portugal.
E fizeram-se expo's, auto-estradas, pontes, túneis, PPP's e fundações granel e só não mais aeroportos e TGVês porque os "esses tais" acharam que também era demais e fecharam a torneira!
Quer dizer que em termos de presente, os "esses tais" já tinham metido a trela e o açaime onde queriam.
Em termos de futuro e esquecendo por um bocado o país e olhando mais ao Clube e ao mundo desportivo onde se insere, uma coisa é um mercado que dizem de 5 milhões, outra coisa é o mercado todo!
E se o sul tem dois clubes com muitos adeptos, o norte pode muito bem também suportar outros dois até porque há lá mais "combustível", muito dele a necessitar de ser "coado" e "purificado".
O trabalho chato e demorado é ter que equilibrar as coisas de modo a que numa primeira fase se puxe para cima um clube do norte (olha! até tem um ex-trolha como presidente!) não se deixe o Clube crescer mais através das arbitragens, da liga, da federação e de todos os alçapões possíveis e imaginários, através do torniquete financeiro "pôr na linha" outro clube que se acostumou a fazer tudo o que lhe apetece (e eles já estão a remodelar internamente!) e mantendo o $oro ao outro do sul para que não se apague enquanto não ganha rumo.
Para que os campeonatos sejam mais equilibrados e que mais clubes possam ganhá-los criando uma nova massa de adeptos activos (pagantes, para ser mais correcto!) em vez dos mesmos de sempre.
Metendo também novamente o país ao barulho, não esquecer também que os "esses tais" são a cabeça do polvo que através dos bancos, dos partidos, dos jornais, das televisões e dos azeiteiros sejam do charuto ou do ferro-velho, movimenta os seus tentáculos.
Claro que, dentro dos clubes e dos partidos, quem estiver disposto a seguir a cartilha, terá sempre o apoio "desses tais" que por um lado não deixarão que mais ninguém, por puro clubismo ou linha política apenas, se levante para disputar qualquer eleição porque à partida lhes é negado o apoio financeiro, ao mesmo tempo que vão colaborando, dando "abébias" e tachos noutras áreas de negócios onde também a "grana" é o combustível.
É por isso que se assiste a amizades, negócios, trocas, empréstimos, apoios, almoçaradas, empregos, etc. a, e com pessoas que, num mundo que não o de faz-de-conta, deveriam obrigatóriamente estar em lados opostos da barricada.
É por isso que se assistem a inexplicáveis erros de condução e organização, silêncios comprometedores e gritarias sem destino.
E para que o povo se convença que tem voto na matéria, vão-se fazendo umas eleições "democráticas" onde os que se apresentam a votos (são cada vez menos!) com hipóteses de ganhar tiveram que receber a bênção prévia do polvo para que, mudando a mosca, a m*#da seja a mesma!
E eu, sinceramente, farto do faz-de-conta, se já deixei de votar em partidos (que, pasme-se, ainda recebiam pelo meu voto!) também não me sinto nada confortável a assistir ao triste (sad em inglês) espectáculo que se vive nos dias que correm naquilo a que querem que eu chame de meu Clube e meu país!
Prefiro fazer um "rewind", sair deste faz-de-conta dos últimos anos e lançar um olhar saudoso aos meus primeiros anos de Benfiquismo e Portugalidade.
E desejar que um dia, alguém com o mesmo espírito de Cosme Damião e D. Afonso Henriques, refundem o Sport Lisboa e Benfica e o Portugal que me roubaram!